Em Cabo Verde, 38% da população é formada por crianças e adolescentes. Um número muito grande e que precisa de todo nosso esforço para ser alcançado. Dados do Instituto Nacional de Estatística (2015) apresentam que 40,57% das pessoas com até 18 anos de idade vivem apenas com a mãe; outra grande maioria vive com avós ou outros familiares. Dentro desse contexto, 37% das crianças até 14 anos estão envolvidas em brincadeiras nas ruas, sem qualquer supervisão de um adulto, sofrendo todo tipo de influência.

O projeto Afrobola, que desenvolvemos na Ilha de Santiago (onde está a capital do país), tem um grande desafio! Atualmente vem sendo desenvolvido em dois bairros da cidade por voluntários ligados à Igreja Batista local.

O projeto esportivo de futebol tem hoje em torno de 130 alunos, sendo na sua maioria oriundos de famílias carentes, sem a presença paterna e que ainda enfrentam a realidade de vícios e maus tratos.

O voluntário Moisés decidiu levar o projeto Afrobola também para as crianças do seu bairro, “Ponta D’Água”. Apesar de suas limitações físicas, por ser cadeirante, ele conseguiu reunir em torno de 80 alunos para dar início aos treinos.

Comecei a dar acompanhamento espiritual ao grupo. Muitas crianças apresentam dificuldades de aprendizado, mas estão interessadas em receber os ensinamentos. Já no primeiro dia de trabalho com a equipe das meninas, houve uma briga na saída entre duas delas. Uma tinha o semblante transtornado, tomada por raiva e toda obra do mal. Após conseguir um tempo a sós com elas, conversamos e oramos, se desculparam e reconciliaram para glória de Deus.

O projeto Afrobola, que teve início em 2007 com jovens do projeto Radical África, tem frutos. Um desses frutos hoje é pastor; outro é líder na igreja e coordenador do projeto.

Queremos investir mais e apoiar para que essa ferramenta continue sendo um motivo de alegria para nossas crianças e adolescentes. Queremos ampliar as atividades propostas pelo projeto e ver cada um dos alunos experimentando do Evangelho e sendo beneficiados espiritualmente, fisicamente e emocionalmente.

O projeto já deixou de funcionar por falta de materiais, como bolas. Não podemos permitir que isso aconteça novamente. Faremos as crianças e adolescentes na ilha de Santiago se alegrarem. Contamos com você para que esse projeto continue! Dê alegria doando recursos financeiros para a compra de materiais esportivos; dê alegria doando um mês para vir à Cabo Verde e trabalhar com essas crianças; dê alegria enviando uma oferta aos voluntários locais. Você pode fazer o projeto Afrobola se alegrar!

Kellen Machado Chaves Rangel
missionária em em Cabo Verde

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