Chile, Burkina Faso, República Centro-Africana e República do Congo. Da América do Sul à África, Maria Ilza Lopes Pereira sempre cumpriu com muito amor e alegria o chamado para ser voz de Deus às nações. Oportunidades não faltaram a esta goiana para servir ao Senhor. Ela entrava em campo literalmente. Além da paixão por missões, outra grande paixão de Maria Ilza é o futebol. E ela soube unir as duas coisas. Maria Ilza chegou a dar aulas de futebol para crianças e adolescentes dos campos pelos quais passou. Como? Nem ela sabe, pois apesar de gostar de futebol, nunca foi muito boa com a bola nos pés. 

“Tenho o prazer de ressaltar aqui que não sei nada de futebol, mas sei falar de Jesus por meio deste instrumento. Temos como resultado jogadores que já sabem orar clamando ao único Deus”, disse Maria Ilza certa vez após um dia na Escolinha de Futebol missionária.

Seu último coordenador de campo missionário, Pr. Hans Udo Fuchs, disse ter ficado impressionado com aa disposição física da missionária nas aulas de atividade esportiva.

“Maria Ilza é uma fã muito grande de futebol, e criou uma escolinha para meninos de 10 a 12 anos, que ela mais discipulava do que treinava”, conta o Pr. Hans.

A paixão por missões e o compromisso em servir fizeram Maria Ilza superar a distância da mãe, hoje nos braços do Senhor. Foi no ano 2000 que Maria Ilza seguiu para o Chile, seu primeiro campo em Missões Mundiais. Por lá, ela permaneceu cerca de 12 anos. 

Em seguida, a missionária teve uma breve passagem por Burkina Faso e logo depois foi resposta de Deus aos líderes batistas da República Centro-Africana, onde alcançou principalmente mulheres e crianças. No projeto Maison Prisca, a missionária ensinava costura e artesanato e atuava também com crianças e ainda desenvolvia um Clube Bíblico. 

No fim de 2013, Maria Ilza precisou deixar o país, que sofria com a ameaça de guerra e já passava por graves conflitos que a fizeram perder pessoas bem próximas, como diáconos da igreja e crianças atendidas nos projetos. 

Na República do Congo, Maria Ilza chegou em setembro de 2014 e ficou por lá até janeiro de 2017. Neste seu último campo, cuja Convenção Batista tinha sido formada há pouco tempo, com sete igrejas, Maria Ilza organizou a União Feminina e a escola dominical, deixando tudo em atividade, marcando a história dos batistas naquele país. 

“Tenho a honra de falar em nome da Convenção Batista do Congo, para dar o testemunho da permanência da serva de Deus Maria Ilza Lopes Pereira, missionária durante dois anos na República do Congo. Durante esse tempo, essa serva de Deus fez um grande trabalho de organização da União Feminina. Ela também preparou os professores para a escola dominical. Ela merece toda a nossa homenagem. Quem a substituirá? Deus sabe como ainda precisamos de mulheres fortes e esforçadas como ela”, declarou o Pr. William Katanga, presidente da Convenção Batista do Congo em comunicado à direção de Missões Mundiais. 

Neste ano de 2018, Maria Ilza se despede dos campos missionários. E a família de Missões Mundiais só tem a agradecer a esta mulher valorosa por todos os frutos que ela pode apresentar ao Senhor. Agradecemos também a cada irmão em Cristo que orou e sustentou o ministério desta nossa amada missionária. Pedimos ao Pai as mais ricas bênçãos sobre Maria Ilza, sobre sua família e sobre todos os seus adotantes. 

“Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Efésios 5.20