A educação tem sido um importante meio usado por Missões Mundiais para levar o Evangelho de Cristo a famílias da África Ocidental, região de grande risco à pregação do Evangelho. No último sábado (06), 23 crianças participaram da formatura da Escola Fábrica de Esperança. São meninos e meninas com idade entre 5 e 6 anos que se formaram na pré-escola e neste semestre poderão frequentar o primeiro ano escolar.

Como explica a missionária Mariana Lima, apesar de o país proibir a evangelização de menores de 18 anos, a escola não se omite como cristã. Todos os dias os educadores oram com seus alunos, “em nome de Jesus”, o que não contraria a lei local.

“No ano passado, uma madrasta chegou a proibir sua filha de ir à escola, porque ela não cumpria as obrigações religiosas da família e passou a orar ‘em nome de Jesus’. Respeitamos, mas seguimos em oração por esta família”, conta Mariana.

A escola foi fundada em 2011 e faz parte do Complexo Fábrica de Esperança, que conta ainda com um Centro Médico e um Centro Esportivo, iniciado em 2009. A instituição de ensino é uma das poucas em uma região de extrema pobreza. Metade das famílias sobrevive com cerca de 100 Euros por mês, ou seja, cerca de R$ 400,00.

“Eles não têm casa própria, não têm renda fixa e os serviços públicos são muito precários. Por isso, matriculam seus filhos em nossa escola, mesmo sabendo que não seguimos sua fé’, explica a missionária.

Mariana está na região desde 2008. Ela é técnica em enfermagem, mas para atender a esta grande necessidade das crianças, fez um curso de Formação de Professores à distância. Em breve, pretende também fazer um curso de Administração.

 É neste campo que estão os jovens da 14ª.  turma do projeto Radical África.  Eles chegaram lá há menos de dois meses e ainda estão na fase de adaptação cultural e aprendizado do idioma. Mas puderam apoiar a missionária na festa de formatura. Parte da 13ª. que está prestes a concluir o projeto tem atuado há mais tempo na Fábrica de Esperança.

A missionária conta que a formatura foi um momento para as crianças se alegrarem, mas também de testemunhar o amor de Deus aos familiares que acompanharam seus pequeninos. Tudo dentro do que exige a lei local.

Hoje a escola funciona em duas salas alugadas. O custo é bastante elevado, já que também é preciso pagar o salário de seus funcionários. A missionária ora para que mais pessoas orem e contribuam para a Fábrica de Esperança e, assim,  seja possível construir uma escola em um local próprio e ampliar o atendimento às crianças. Caso contrário, no próximo ano a escola passará a funcionar na igreja Casa da Fé, o que afastaria muitas crianças de famílias ainda não evangélicas.

Missões Mundiais conta com o seu apoio para que, em breve, mais crianças estejam formadas pela Fábrica de Esperança e que, acompanhadas de suas famílias, passem a frequentar de forma espontânea a Casa da Fé.

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por Marcia Pinheiro