Walter e Alzira Freire já haviam recebido o chamado missionário quando se conheceram, em 1993. Após uma direção de Deus, em resposta às suas orações, decidiram se casar e seguirem juntos com a mesma visão.

“Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro. Mas antes, como está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tinham ouvido falar dele, e o entenderão aqueles que não o haviam escutado.” (Romanos 15:20,21)

O casal esteve um período na Inglaterra e na Jordânia, onde foi enriquecido com muitas experiências e contemplado com a chegada de sua filha, Samya. E foi em 1999 que Alzira e Walter se apresentaram à Missões Mundiais.  Naquele mesmo ano, eles seguiram para o Senegal, para trabalhar com muçulmanos. Ali começava um ministério para levar a mensagem salvadora de Cristo aos muçulmanos e também aos surdos.

Walter e Alzira Freire têm uma forte base bíblica. Ela é formada em Teologia pelo Seminário Bíblico Antioquia. Ele, após concluir dois cursos superiores, em Direito e Comércio Exterior, fez cursos modulares no mesmo seminário que Alzira e, juntos, fizeram o Curso de Preparo Missionário e Islā.

Durante 22 anos eles serviram à obra missionária transcultural por meio de Missões Mundiais. A maior parte deste ministério foi dedicada ao Senegal. O ciclo foi quebrado entre maio de 2002 e 2004, quando atuaram com os povos árabes em uma região, na França. Em 2005 o casal retornou ao Senegal, onde também atuou no treinamento de adaptação de turmas do projeto Radical África.

“Foi um momento de muita alegria ver a promessa se realizando em nossas vidas... Aprender tantas línguas e viver em outras culturas foi sempre um desafio”, comenta o casal.

A família missionária viveu basicamente em três culturas diferentes. Na França, sentiram na pele a semelhança física que têm com árabes. Conheceram um pouco do preconceito e da hostilidade na convivência entre franceses e magrebinos. A mudança da Jordânia para o Senegal foi um impacto com a diferença da prática islâmica e o animismo, tão forte na cultura senegalesa.

Mas por onde passaram, aprenderam a apreciar aspectos muito importantes como comer juntos, louvar com danças, respeitar os mais velhos. E também deixaram suas marcas, como garantir a surdos no Senegal o acesso ao Evangelho para um encontro verdadeiro com Deus.

“Sempre cremos que o Deus que chama é o que capacita e sustenta. Louvamos ao Senhor por igrejas que, com fidelidade, cumpriram conosco a grande comissão”, alegram-se Walter e Alzira Freire.

Agora, de volta ao Brasil, o casal tem o sentimento de missão cumprida, mas o coração ainda está dividido entre o campo e a nova realidade. 

 “Deixamos o campo transcultural, mas não o nosso chamado missionário. Isso é para vida toda”, revelam.

Os missionários são gratos aos batistas brasileiros que sustentaram suas ações nos campos através de orações e ofertas, permitindo que a mensagem do Evangelho fosse anunciada em todos os lugares por onde passaram.

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por Marcia Pinheiro