Compartilhe a compaixão sendo um voluntário
- Redação JMM
Elisa Medeiros* tinha apenas 17 anos quando descobriu seu amor por missões. Sempre ativa na igreja participava de todas as ações que podia, seja na própria cidade, Macaé/RJ, quanto nas cidades e estados vizinhos. Foi nessa idade também que Deus lhe deu sua primeira oportunidade transcultural. Após um período de treinamento, ela passou dois meses na Colômbia, sentindo a confirmação do seu chamado a cada momento.
“E eu sempre soube que era isso o que eu queria para a minha vida, era isso o que Deus queria para mim. Que eu estivesse envolvida com missões de alguma forma. Depois de fazer faculdade e tudo mais, esse foi o meu combinado com meus pais, que eu voltaria para missões.”, conta Elisa.
Ainda no Brasil, ela cursou faculdade de Administração, mas o Senhor a levou para ainda mais longe de casa, para Texas, nos Estados Unidos, fez um Mestrado de Artes em Liderança Global. Após a conclusão, ela estava pronta para ser missionária em tempo integral, conversando com o gerente da Gerência de Missões da JMM, o Pr. Alexandre Peixoto, ela viu que talvez fosse melhor começar a perseguir seus sonhos de uma forma diferente. Assim ela se inscreveu no Programa Voluntário Sem Fronteiras em 2020. Mas o seu envio só ocorreu em Setembro de 2021 para um país fechado da África Ocidental, no qual está até hoje servindo como voluntária.
No campo, ela atua principalmente na área administrativa, ajudando os missionários e voluntários nacionais nos processos, protocolos e relatórios dos projetos que precisam enviar para a Sede de Missões Mundiais. Elisa conta, no entanto, que embora já tenha estudado e trabalhando com administração, precisou entender que cada lugar é de um jeito e, portanto, se adaptar e entender como as coisas funcionam no país africano. Principalmente, para que pudesse ensinar um novo modo de ser feito. Além disso, embora já esteja melhor atualmente, outra barreira que ela precisou enfrentar foi a língua. Tanto do idioma oficial quanto do falado popularmente.
Outro choque cultural, um aspecto sempre presente no campo missionário, foi algo que, para Elisa, precisa ser aprendido e vivido: “O que eu aprendo com eles também, é esse senso de comunidade. Eles sempre pensam no coletivo. Quando vai se sentar para comer, senta todo mundo para comer junto, por exemplo. Então acho que isso é algo que me ensina muito. Que é a forma como eles vivem né, porque eles vivem juntos, dividem o mesmo quarto, eles dividem prato de comida, então é sempre pensando no coletivo.”
Esse senso coletivo, a voluntária de 26 anos vivenciou também de forma especial ao participar de um casamento. Foi uma das experiências que a marcou, ao ir para um culto na igreja que os missionários fundaram presenciou a cerimônia religiosa de dois casais. E o que lhe chamou a atenção foram os convidados de vários lugares do mundo. Havia pessoas de outros países da África, da China, da América Latina, dos Estados Unidos, da Europa e até do Brasil. Todas aquelas pessoas, de diferentes nações, louvando a Deus juntas, foi uma emoção que a fez pensar no céu, de como será quando estivermos lá.
Além disso, ela diz que é possível ver a diferença que o trabalho de Missões Mundiais tem feito na vida das pessoas através dos projetos voltados para saúde e educação. Pessoas que chegam na clínica, vivendo há anos com problemas, mas que pela graça do Senhor têm sua saúde restaurada. Pacientes que conseguem sentir a presença de Deus através dos tratamentos e da forma como são tratadas. Já na escola, Elisa diz que a alegria das crianças é palpável porque elas sabem que estão em um lugar onde são amadas e queridas. A realidade educacional do país africano é com professores que realizam punição física nos alunos, algo que não acontece na escola fundada por Missões Mundiais.
Para quem deseja ser voluntário e viver essas experiências transformadoras de perto, Elisa dá alguns conselhos. O primeiro é alinhar suas expectativas com Deus. Para ela, que sempre trabalhou com crianças na igreja, o Senhor a colocou para atuar na Clínica. “Então, assim, às vezes a gente vem com uma ideia muito formada… eu só quero se for assim, eu só quero se for desse jeito, eu só quero se for em tal país, mas Deus é quem é o dono da nossa”, explica ela. Já o segundo conselho é estar disponível para ouvir, para aprender com os missionários que estão há mais tempo no campo, e com o próprio povo.
E o terceiro conselho, um tão importante quanto os outros, é para, com certeza, não desistir de atender o chamado de viver missões. Seja como missionário, seja como voluntário, Elisa fala que ter essa experiência realmente muda a vida de alguém. “Eu acho que o impacto na gente é muito grande porque a gente vê uma outra forma de enxergar a vida, de ver o mundo, uma outra forma de ser igreja, de adorar a Deus.”
Se você sente o chamado do Senhor para servi-lo como voluntário em outras nações, então se inscreva agora mesmo no Programa Voluntários Sem Fronteiras, através desse link.
Não fique de fora do que Deus está fazendo no mundo.
Viva a Compaixão sendo um voluntário.
por Jamile Barros
*Por motivos de segurança, foi usado um pseudônimo para se referir à voluntária.