Vivemos numa região na qual há mais de 80 nacionalidades, a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, que pode ser descrita como multiétnica e um campo missionário transcultural. Deus tem me concedido a honra de pregar nas igrejas do Alto Paraná, no Paraguai, aproveitando para informar, inspirar, exortar a igreja a pregar aos demais povos que aqui vivem. Estou conversando com pastores e missionários no Paraguai sobre a necessidade realizar congressos missionários. 

Em uma conversa informal com os jovens, aproveitei também para lançar a oportunidade de irem aos campos missionários em outros países como integrantes do programa Voluntários Sem Fronteiras ou do Programa Radical da JMM. Eles gostaram do desafio. Quem sabe isso aconteça no segundo semestre desse ano, ou em 2021? São jovens talentosos que podem ser bênção na missão, contribuindo com a proclamação do Evangelho.

Temos 20 mil crentes batistas no país que não podem continuar numa visão distorcida da Missão de Deus e sem participar da evangelização dos povos não-alcançados.

Também tenho visitando os árabes no comércio, restaurantes e na mesquita. Graças a Deus sou aceito pela comunidade muçulmana. Nas conversas com eles, Deus me abre portas para falar do Evangelho nos poucos minutos que, às vezes, tenho. Diferente do Oriente Médio, eu me apresento como pastor batista, o que significa que você é uma pessoa de boa reputação e respeitável. 

Entre os contatos está um rapaz árabe, muçulmano xiita, cujo nome é Ali. Ele veio ainda pequeno para o Paraguai e hoje vive com um amigo para dividir as despesas da casa. Esse jovem está decepcionado com a religião. Ele critica tanto os líderes muçulmanos quanto os cristãos. Confesso que prefiro falar com muçulmanos que amam a sua religião. Mas Ali está ouvindo o Evangelho e preciso que você me ajude em oração por esse jovem.

Estou mantendo contato também com o Abdullah, um jovem sírio que trabalha como introdutor do islamismo na mesquita em Ciudad del Este. Quando falei que ajudei muitos sírios na Jordânia ele ficou muito alegre. Ainda não consegui falar do Evangelho com ele, mas estou abrindo nas chances que tenho. Ele me apresentou a vários amigos, que estão receptivos ao Evangelho. Continuo conversando com eles e aproveitando a abertura que dão para meu testemunho.

Algo que observei aqui que me incomodou bastante. Muitos dos crentes de origem muçulmana não congregam. Segundo alguns missionários, isso [e devido às consequências negativas que podem acontecer se forem nas igrejas e pela dificuldade cultural. Eu acredito nisso, mas não é bíblico não congregarem. Tenho  orado e trabalhado para ver um movimento de igrejas nos lares entre os muçulmanos da tríplice fronteira.

Além disso, estou capacitando cinco paraguaios que já trabalham com muçulmanos para que possam realizar discipulado com eles. É uma alegria ver esses paraguaios começando, de forma intencional, a falar e fazer perguntas que levam os povo muçulmano daqui a pensar no Evangelho. Algo que eles não faziam porque tinham medo.

Eu e Nádia ministramos sobre a Missão de Deus entre os muçulmanos para uma equipe de sete jovens latinos do Chile, Peru, Argentina e Paraguai, que passaram 10 dias em Ciudad del Este em treinamento transcultural. Foi uma alegria ministrar para o grupo!

Ore por nós e pela obra que temos realizado aqui. Ore pelo evangelismo com os muçulmanos para que muitos possam vir a reconhecer Jesus Cristo como Senhor de suas vidas e para que as igrejas daqui enviem missionários paraguaios aos povos não-alcançados.

Vamos transformar os muçulmanos do paraguai com a alegria de Jesus!

 

“Cada vez mais pessoas, multidões de homens e mulheres, criam no Senhor” 

(Atos 5.14)



Ibrahim Gomes

Missionário no Paraguai

 

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