Em Medellín, cidade considerada a segunda capital da Colômbia, milhares de mulheres vivem como "trabalhadoras sexuais”, pois é o seu único meio de sobrevivência. Devido à pandemia, uma a cada três dessas mulheres é imigrante da Venezuela. Geralmente, com mais de dois filhos, muitas querem uma mudança de vida, mas devido à falta de oportunidades na vida, abusos em casa, ou mesmo a extrema pobreza, acabaram entrando no mundo da prostituição ainda na infância.

Segundo o Unicef, existem mais de 55 mil crianças sendo exploradas sexualmente na Colômbia. Quando uma criança é abusada sexualmente na infância, essa situação traumática pode se converter em um passo para entrar no mundo da exploração sexual. Segundo uma estatística feita, a cada dia 70% dessas mulheres são violentadas fisicamente e 91%, violentadas verbalmente.

Nos últimos sete anos, a missionária da terra Elizabeth Florez trabalha incansavelmente para alcançar e reabilitar essas mulheres, através da Fundação do PARE (Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança) na Colômbia, juntamente com a equipe da coordenação.

Já vemos o fruto da reabilitação de cinco mulheres, hoje ex-trabalhadoras sexuais, que já estão empregadas, vivendo com suas famílias e firmes em uma igreja. Hoje, temos ajudado outras quatro que nunca estudaram. Através do apoio dos parceiros, o projeto está cobrindo os gastos e acompanhando essas meninas em uma espécie de supletivo, para que possam continuar os estudos e ter uma profissão que abra portas de bons empregos para cada uma delas.

Contudo, ainda temos no grupo mais 46 mulheres que são alvos de nossas orações e ministério. Dentre elas, meninas de 14 anos e até senhoras com mais de 60 anos. Sabendo que durante a pandemia, tanto elas como seus filhos estavam passando fome, nos unimos procurando doações. Conseguimos montar 50 cestas básicas com alimentação para três a quatro semanas, incluindo biscoitos e leites para as crianças. Elaboramos também uma logística, distribuindo cartões com horários para que, uma a uma viessem até a Fundação para receber os alimentos e a Palavra do nosso Deus.

A emoção de cada uma delas ao receber os alimentos era muito grande. Ficamos impactados com a Mary que, ao receber a cesta com alimentos, a apertou em seus braços, chorando muito, dizendo que tem sete filhos e que já não tinham nada para comer há quatro dias.

Assim como elas, existem muitas outras mulheres com suas crianças, esperando por nossa ajuda aqui na Colômbia. Não podemos cruzar os braços. São muitas sofrendo. Muitas crianças sem alimentos. Muitos olhos chorando. Assim como Missões Mundiais não para, podemos dizer que aqui na Colômbia o projeto da Fundação PARE, também não.

Faça parte do que Deus está fazendo na Colômbia e na vida dessas mulheres.

Carmen Ligia
Missionária na Colômbia

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