Você já teve aquela sensação de estar em um ambiente em que tem a resposta, mas não pode falar? Ou que você tem algo que seria muito relevante para um determinado grupo de pessoas, mas que por algum motivo você não tinha permissão para se expressar? É uma das sensações mais incômodas que podemos sentir. Não é verdade? Servimos ao Pai em um contexto onde o Evangelho não pode ser anunciado livremente e que as restrições quanto a qualquer atividade cristã se tornam mais severas a cada dia.

A ausência de liberdade religiosa, no entanto, não pode tirar a nossa paz e impedir a nossa missão. De forma sábia temos que estar atentos às pequenas oportunidades de seguir anunciando, com sabedoria e ousadia, a Palavra da Alegria para as nações.

Mesmo com toda essa restrição, há momentos em que somos tomados de surpresa e Deus abre portas tão inimagináveis que não há outra coisa a fazer se não dar toda honra e glória a Ele, e reconhecer que a tarefa de anunciar o nome do Filho é nossa, mas o trabalho realmente é feito por Ele.

Um desses momentos aconteceu recentemente por ocasião da Páscoa. Fomos convidados a participar de uma reunião de Páscoa em um ambiente onde o Evangelho poderia ser abertamente anunciado. Era uma celebração de Páscoa como qualquer outra que temos no Brasil ou em um país com liberdade religiosa. Bem, há vários detalhes que não podemos mencionar com relação a essa reunião, mas de forma bem direta, podemos dizer que o Filho foi exaltado, o Pai glorificado e o Espírito agiu em nosso meio.

Quase 300 pessoas estavam presentes e eu pude anunciar a mensagem do Salvador  ressurreto. Minha esposa, a missionária Bel, interpretou a mensagem para a linguagem de sinais para um grupo de surdos que estava presente. Havia mais de 50 pessoas que jamais tinham ouvido a mensagem da Graça e estavam em um ambiente cristão pela primeira vez!

Ao terminar toda aquela reunião, no caminho de volta para casa nos olhamos, louvamos ao Pai pela oportunidade, reconhecemos que humanamente estávamos correndo alguns riscos por estar anunciando a mensagem de forma tão aberta, mas reconhecemos também que se Ele abriu as portas, haja o que houver, tudo está nas mãos Dele.

Por nós mesmos, nunca imaginaríamos que um dia teríamos oportunidades como esta. Se alguém nos falasse que algo assim aconteceria, certamente duvidaríamos. Mas agora somos nós que testemunhamos a você dos “impossíveis" de Deus. Sabemos que tudo é fruto do seu compromisso de intercessão por nós e, finalmente lembramos que Ele é o Deus que nos surpreende com impossíveis para que a Glória Dele seja revelada em nosso meio.

Ael Oliveira
missionário no Sudeste da Ásia

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