Em 2016 Missões Mundiais deu um passo ousado e, pela primeira vez em mais de 100 anos de história, enviou uma família missionária a um país de extrema perseguição religiosa no Sul da Ásia. São os únicos missionários brasileiros na região. Juntamente com obreiros de outras nações, entre eles americanos, japoneses e australianos, eles têm como propósito maior anunciar as boas novas de Jesus Cristo e servir ao próximo.

O campo está em uma área de risco, com alto índice de violência sectária e perseguição religiosa. O trabalho missionário no país sofre algumas restrições e o percentual de cristãos é muito baixo (menos de 2%).

Dados de organizações missionárias internacionais indicam que, nos últimos 50 anos, nenhuma igreja  foi estabelecida na província onde se encontram nossos missionários. O motivo é a falta de encorajamento dos líderes locais, que muitas vezes proíbem seus liderados de compartilhar o Evangelho ou convidar os que estão de fora para se juntarem a eles.

Praticamente não há declarações públicas de fé, não só na região onde a família missionária se encontra, mas em todo o país. Muitos que tomam a decisão de seguir o Evangelho não são recebidos por suas famílias e comunidades locais pelo medo de sofrer represálias.

“O treinamento e mentorias a líderes são feitos secretamente. As congregações recebem escolta (polícia e exército) durante as reuniões, com um grande efetivo de homens armados dentro e fora da propriedade, o que demonstra que são alvo de ataques. Ao mesmo tempo que são protegidas, também são vigiadas. É muito improvável que alguém que decida seguir a Cristo compareça a uma reunião debaixo deste esquema de segurança, pois seria identificado e, possivelmente, denunciado. Ore por nós”, pedem os missionários.

*Os nomes desta família missionária, bem como a identificação do país onde se encontram foram preservados por questões de segurança.

 

por Marcia Pinheiro