Um abraço é esperança para crianças refugiadas
- Redação JMM
“Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou.” Isaías 55:5
Foi exatamente esse texto que veio ao meu coração após chegar na Polônia. Assim que iniciamos nossas atividades na Polônia servindo junto a um projeto da igreja local que estava acolhendo refugiados ucranianos, me deparei com algo que encheu meu coração de alegria!
Uma linda menina ucraniana, vou chamá-la de Val (nome fictício), foi a primeira criança a me receber de braços abertos, ainda no primeiro dia. O idioma por vezes tentava se fazer uma barreira, mas a linguagem do amor ultrapassava qualquer limite naquele momento.
A linda Val assim que me viu, sem ao menos saber quem eu era, de onde estava vindo, veio ao meu encontro, sem que eu percebesse e segurou minha mão, quando olhei para ela, vi aquele sorriso lindo em seu rosto, que para mim expressava tantas coisas, como: “Seja Bem Vinda, obrigada, eu aceito sua ajuda, eu quero seu abraço, eu preciso de ajuda... “.
E não aguentei, olhei para o seu rostinho sorridente e a abracei! Eu também queria dizer tantas coisas, mas a língua impedia as palavras (Val só falava ucraniano), mas não pôde impedir o sentimento que nasceu naquele exato momento, e tudo o que aquele abraço podia transmitir para aquela linda menina.
Val, era uma menina muito doce e carinhosa, passamos uma semana juntas, mas só conseguíamos nos ver na parte da manhã. Minha amizade com ela, me aproximou da sua mãe, que por sua vez, me relatou a triste história de como foi ter tido que sair às pressas da sua terra natal e deixar seu esposo para trás.
Essa mãe que para alegria do meu coração tem o mesmo nome que a minha, sentiu o desejo de desabafar um pouco, e relatou sobre como era difícil estar longe de casa, falou sobre sua situação financeira, a tristeza em seu coração de ter que falar para a filha todo o tempo que ela não poderia levá-la para ver o pai, medo por conta do marido, entre outros assuntos.
Aquelas palavras que me emocionam até em escrever sobre elas, foram a abertura para que eu pudesse lhe falar sobre o verdadeiro Amor, sobre a nossa esperança e sobre o Senhor que guarda e protege. Ela ouviu tudo, me abraçou e agradeceu várias vezes pelas palavras e por ter ido até lá e pelo carinho com sua filha, a linda Val.
Que bom seria poder continuarmos mesmo que daqui do Brasil dizendo para todas essas crianças ucranianas refugiadas na Polônia que há uma esperança: Jesus Cristo! Para que não só a Val, mas para que todas elas se sintam abraçadas por nós, a igreja de Cristo no Brasil.
Luciana Nascimento
coordenadora do Programa Voluntários Sem Fronteiras
Para levar a amor, cuidado e carinho para mais crianças refugiadas na Polônia, Doe Esperança para o projeto Tenda de Brincar, pix: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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