Nunca imaginávamos viver um momento assim em nossa era. Cremos que está aí o primeiro princípio a aprendermos nessa crise: nada está sob o nosso controle! Entretanto, temos pensado diariamente, como família, num efetivo de pessoas que poderão ainda sofrer mais do que já vêm sofrendo ao longo de décadas. Durante a pandemia, imagine você como as coisas devem estar bem mais complicadas para os refugiados em todo o mundo.

DADOS OFICIAIS

O segundo princípio que a crise global nos ensina é que o coronavírus não faz distinção de pessoas, crenças, raças e outros. O resultado de uma breve pesquisa frente a órgãos humanitários oficiais que trabalham com refugiados nos possibilita concluir que mais de 70 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas para fugir de conflitos armados, violência e violação dos direitos humanos.  E os mesmos, até hoje, seguem sendo expostos a doenças, conflitos ou outros perigos que ameaçam a vida humana. Ainda mais agora, diante da ameaça dessa catástrofe global.

NOSSA POSIÇÃO
Aqui em casa, não há um só dia em que não pensamos naquelas pessoas. Cremos também que quase nada está sendo abordado sobre eles na mídia, o que é ainda pior, pois os faz cair ainda mais no esquecimento. Ismael (nosso filho), antes de dormir sempre se lembra das crianças sírias, das iraquianas, das curdas e das yazidis. Ele termina suas orações pedindo que o Eterno as livre e as proteja do coronavírus.

Temos falado com amigos e companheiros de campo onde há uma significativa presença de refugiados, e as notícias não são animadoras. Alguns até disseram que o número de infectados é baixo em seus países e que há um isolamento rígido acontecendo. Mas a maioria desses países - em nossa opinião - está escondendo os reais fatos para evitar um caos ainda maior entre sua população. Em algumas nações, uma catástrofe entre os refugiados pode até ser uma maneira de não tê-los mais por perto, o que leva a situação dos refugiados ser ainda mais desesperadora.    

COMO NÃO SE ESQUECER DELES?

Diante dessa calamidade global apresentada pelo coronavírus, gostaríamos de apresentar a você algumas razões pelas quais os refugiados devem seguir ou passarem a ser um motivo prioritário em suas súplicas, e no uso de seus recursos financeiros.

  1. Para mais de 70 milhões de pessoas voltar para casa não é uma opção. Não há segurança para muitas delas; seguem em lugares em conflitos ainda reais.
  2. Mais de 80% dos refugiados do mundo vivem em países em desenvolvimento. Os sistemas de saúde e saneamento básico de muitas dessas nações que acolhem refugiados já estão sobrecarregados.
  3. Os campos, assentamentos e abrigos para refugiados estão superlotados. A superlotação desses espaços representa um desafio adicional na luta contra a Covid-19. Há tendas ou abrigos com mais de 20 pessoas num único cômodo.
  4. Idosos estão entre os refugiados mais vulneráveis do mundo. No exílio, muitas vezes estão separados de suas famílias e não contam com uma rede de apoio, o que aumenta ainda mais sua vulnerabilidade.
  5. O mundo enfrenta um inimigo invisível, mas conflitos armados não pararam. Conflitos brutais continuam ameaçando a vida de pessoas em vários países. Assim, os refugiados e as pessoas deslocadas por conflitos violentos encontram-se numa situação de dupla vulnerabilidade com a chegada da Covid-19.

Não sei você, mas nós aqui em casa não conseguimos dormir tranquilos diante de tais fatos. Eis alguns projetos com refugiados de Missões Mundiais. Seus recursos financeiros podem chegar até os mais necessitados: Esperança aos Refugiados e Tenda de Brincar

             

Pr. Caleb Mubarak
missionário para os povos árabes

 

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