O número de pessoas forçadas a deixarem suas casas quase que dobrou em uma década. O motivo principal que levou mais de 1% da população mundial, cerca de 80 milhões de cidadãos, a se deslocarem nos últimos anos foram os conflitos armados. Este é o dado mais recente da ONU, divulgado esta semana, a partir de dados coletados em 2019. Neste sábado, 20 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Refugiado, uma data que todos nós gostaríamos que não existisse, pois em nosso coração arde o desejo de ver um povo livre para estar no seu próprio país de origem, tendo seus direitos assegurados.  

Nos últimos tempos resgatar vidas de campos refugiados tem sido uma das principais atividades de Missões Mundiais. Não só resgatá-las, mas principalmente transformá-las com o poder de Deus. Levar o amor de Cristo a pessoas que escaparam do terror de uma guerra e carregam no coração e na mente a dor de grandes perdas.

Em projetos desenvolvidos no Oriente Médio, por exemplo, missionários devidamente capacitados atuam para levar a verdadeira alegria capaz de transformar a vida de refugiados marcados por profundas feridas psicológicas e espirituais. Vidas como a de Samuel, um refugiado sírio que conheceu uma arte marcial, através do projeto Esperança aos Refugiados. Ele viu sua vida mudar à medida em que aprendia aquela modalidade esportiva e com ela os ensinamentos de Jesus.

A liderança do projeto viu em Samuel um grande potencial e decidiu investir em seu aprendizado para que ele pudesse se tornar o professor daquele esporte no projeto. No início, ainda seguindo o Islã, o rapaz observava como os cristãos se importavam com ele. Cada atitude de amor dos missionários era como uma semente plantada em seu coração.

Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram (Mateus 25.35)

Samuel entregou sua vida a Cristo, decidiu ser batizado e percebeu como foi maravilhoso ver Deus operando um milagre em sua vida. Mas logo após algumas semanas, vieram as perseguições. Os líderes islâmicos começaram a questioná-lo porquê ele não ia mais à mesquita. Seus amigos também o indagavam, dizendo que ele estava sendo infiel ao Islã e que iria sofrer consequências por isso. Um grupo de religiosos muçulmanos foi até sua casa para forçá-lo a ir à mesquita orar com eles e recitar o Alcorão. Mas o que Samuel agora prefere são os estudos bíblicos que continuam sendo realizados em secreto em sua casa.


A história deste refugiado se repete em outras centenas de campos no Oriente Médio, na Europa e até mesmo na América Latina, que concentra um grande número de refugiados venezuelanos. Além de lutarem para sobreviver em um país estrangeiro, muitos ainda precisam defender sua escolha em seguir a Cristo. Mas para a glória de Deus, a maioria sabe que o preço que Jesus pagou foi bem mais alto do que esse que eles têm pago. Mas nós, como Igreja de Cristo, podemos estender às mãos aos nossos irmãos. Podemos mostrar-lhes que são amados e têm com quem contar.

Confira alguns dados importantes sobre refugiados no mundo e ore para que Missões Mundiais, com o apoio da igreja brasileira, possa ser instrumento de transformação junto a pessoas obrigadas a deixarem seu próprio país.
*Dados da Acnur – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.

  • As 79,5 milhões de pessoas que viviam como deslocados, refugiados ou que solicitaram asilo até o fim de 2019 representam um número recorde.
  • 1% da população mundial não pode retornar a suas casas porque há guerras, perseguição, violação dos direitos humanos e outras formas de violência.
  • Em uma década, o número de pessoas obrigadas a fugir de suas casas praticamente dobrou.
  • Países como Síria, Venezuela ou República Democrática do Congo registraram grandes fluxos de deslocamento de suas populações devido a conflitos internos.
  • 3,6 milhões de venezuelanos foram obrigados a deixar o país por razões econômicas.
  • Cinco países concentram 68% da população de refugiados no planeta: Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar.
  • Na Síria, 13,2 milhões de pessoas abandonaram suas casas, um sexto da população total, para fugir da guerra civil e seguir para outro lugar, dentro ou fora do país.

 

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por Marcia Pinheiro