Em dias de grande aflição, ao tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida, foi este texto que me inspirou a permanecer em Angola quando as tropas da UNITA tomaram a cidade do Huambo onde eu residia:

“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois lados... contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo.” Fp 1:21-24

Muitas pessoas já tinham deixado a região, e em meio ao caos que se instalava, pedi a Deus confirmação sobre o que fazer. Entendi aquela “experiência epifânica” como uma resposta de Deus para minha oração.  Continuar ali poderia parecer insano, mas eu tinha a clara certeza que esta escolha traria excelente oportunidade para viver a minha vocação e poder servir o povo angolano naquele momento angustiante e tão crítico da sua história.

“Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem servido para o progresso do evangelho.” Fp 1:12

Inicialmente, como a grande maioria da população, eu estava totalmente refém do medo e não conseguia raciocinar ordenadamente nem agir. Mas, com o recrudescimento dos combates, o número de feridos aumentava diariamente e mais pessoas procuravam os abrigos. “Ao ver as multidões, Jesus teve compaixão delas porque estavam aflitas e desamparadas...”. Mt 9:36

Minha oração mudou de foco. Não era mais para Ele me guardar, mas me usar em meio aquela desolação. O Espírito Santo me visitou trazendo uma determinação e força como eu nunca imaginei que pudesse acontecer comigo. A igreja batista passou a ser uma ilha de esperança naquela ocasião atuando na arrecadação/distribuição de alimentos, assistência aos feridos, organização de grupos de oração e estudo bíblico nos abrigos e nos lares (onde era possível), e também coordenando ações no Hospital Central e sendo uma ponte com organizações internacionais.

Hoje, vivemos diferentes guerras nos nossos cotidianos. Mas precisamos estar sensíveis a gravidade da situação humanitária nas fronteiras e dentro da Ucrânia. A população está sofrendo com a destruição, perdas e mortes diárias. A Junta de Missões Mundiais está lá na fronteira mapeando as necessidades mais urgentes, definindo procedimentos e organizando iniciativas junto com pastores e missionários.

A melhor ajuda de emergência que podemos fazer no momento seria mobilizar a nossa igreja para fazermos uma grande corrente de oração e contribuir porque isto pode chegar em tempo real.

Que Deus oriente a todos nós.

Analzira Nascimento
missionária de Missões Mundiais e professora de Teologia da Missão

 

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