Salvamos 449 pessoas da escravidão moderna
- Redação JMM
Você já ouviu falar no termo “Escravidão Moderna”? E você sabe porque ele se difere do termo “Escravidão” que permeia a história da nossa sociedade? Até antes de escrever sobre esse tema, eu não sabia. E está tudo bem se você também não souber. Mas, isso não quer dizer que você não deva saber agora.
Antigamente, no lado sombrio da história da humanidade, a Escravidão era legalmente aceita em várias sociedades. Governos e impérios escravizaram milhares de pessoas, baseadas em etnia, guerras ou dívidas, e essas pessoas eram consideradas propriedade de alguém e não de si mesmas. Agora, o termo “Escravidão Moderna” reflete a mesma situação: pessoas são controladas, forçadas a trabalhar e privadas de sua liberdade por outros. Contudo isso ocorre de forma ilegal, uma vez que todos os países do mundo baniram a escravidão. Ou seja, o termo “Escravidão Moderna”, atualmente é usado para destacar que apesar se ser proíbida ela continua acontecendo de várias formas.
Assim como o pecado é uma mancha no coração do Homem, a escravidão segue sendo uma mancha na história da sociedade. E para piorar, ela acarreta um número alarmante de vítimas e está presente em vários países. A Organização Internacional do Trabalho1, informou em seu último relatório (setembro/2022) que 50 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano. No Oriente Médio, a situação é ainda mais complicada. Dez em cada mil pessoas estão presas a algum tipo de escravidão moderna – trabalho, tráfico sexual ou casamento forçado.2
O Oriente Médio tem se consolidado como uma das principais rotas para o tráfico humano, devido à sua posição estratégica entre a Ásia, a África e a Europa. Segundo a missionária que atua no Projeto Vítimas de Tráfico Humano no Oriente Médio, “muitos migrantes, em busca de melhores condições de vida, acabam sendo aliciados por redes criminosas e forçados a trabalhar em condições degradantes ou explorados sexualmente. As mulheres representam uma parcela significativa dessas vítimas, enfrentando situações de extremo abandono e vulnerabilidade quando detidas”.
O Projeto é uma resposta de Missões Mundiais ao crescente número de vítimas da escravidão moderna no Oriente Médio que engloba mais de 10 países da Europa, Ásia e África. Ele é uma iniciativa dedicada a fornecer cuidados holísticos e advocacia para trabalhadoras migrantes traficadas na região. Seu foco é apoiar mulheres migrantes que foram aprisionadas, oferecendo assistência imediata, suporte legal, e facilitando sua repatriação e reintegração em suas comunidades de origem.
“Muitas das mulheres que atendemos vêm para o Oriente Médio com a compreensão de que irão limpar casas ou cuidar de crianças. No entanto, quando chegam, muitas enfrentam violações de direitos trabalhistas, como não serem permitidas sair da casa do empregador, possuir seus próprios passaportes ou até mesmo ter seus telefones celulares para se comunicar com a família em casa. Também ouvimos situações devastadoras de abuso físico e sexual, além de serem forçadas a trabalhar sem pagamento. Muitas das mulheres fogem de seus empregadores quando enfrentam situações como essas. Uma vez que elas fugiram, se a polícia as parar, elas serão presas por ter um caso contra elas pelo empregador ou por não possuírem a documentação adequada para permanecer no país.”, explica a missionária.
Apesar as dificuldades que é o trabalho de combate à escravidão moderna, em 2024, o projeto alcançou resultados significativos. Veja a seguir:
- 449 mulheres visitadas ao longo do ano, com maior concentração de casos provenientes dos seguintes países:
- Etiópia: 117 mulheres
- Uganda: 105 mulheres
- Gana: 62 mulheres
- 1.893 visitas realizadas em prisões, centros de detenção e abrigos para vítimas de tráfico humano.
- 84 passagens de repatriação adquiridas para retorno de mulheres aos seus países.
- 296 kits de higiene distribuídos, com uma média de 25 kits/mês. Cada kit custa 76,89 USD e inclui:
- Mala, sapatos, meias, roupas íntimas, roupas, jaqueta (no inverno);
- Perfume, pasta e escova de dentes, absorventes;
- Hidratante corporal, sabonete, shampoo.
Esses números são resultado das suas ofertas. E, perdão, não são números. São vidas. São 449 vidas. Mulheres. Mulheres que retornaram para casa e foram libertadas da escravidão moderna. Mulheres que hoje têm a chance de recomeçar e de voltar a sorrir sabendo que não serão mais maltratadas. Cada uma dessas mulheres representa um número a menos nas estatisticas de vítimas do tráfico humano. E, aos poucos, iremos mostrar para elas como o Amor do Pai pode transformar também seus corações.
Você pode fazer parte disso orando por esse projeto e ofertando para que tenhamos mais recursos para ajudar outras mulheres. No Amor do Pai, vamos resgatar mais vítimas do tráfico humano!
Doe agora!
Acesse www.doeagora.com e faça sua doação. Ou doe via PIX para a Junta de Missões Mundiais: CNPJ 34.111.088/0001-30.
O comprovante de depósito deve ser enviado para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp da Central de Atendimento: (21) 98055-1818, com sua identificação e o destino da oferta.
Jamile Darlen
Jornalista em Missões Mundiais