Uma história de amor, coragem, fé e compartilhamento foi escrita pelo casal missionário Pr. José Calixto e Suely Patrício ao longo dos 42 anos que serviram em campos de Missões Mundiais. Apesar de todo o apego ao trabalho realizado, este ano eles se despedem com o mesmo sorriso que iniciaram esta longa jornada em favor da salvação dos povos para a eternidade. O casal primeiramente se despediu dos colaboradores da sede da JMM, em um culto realizado no dia 03 de outubro. E no dia 27 de outubro eles serão homenageados pelos batistas brasileiros em um culto de gratidão a Deus, que acontecerá na Primeira Igreja Batista de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ, às 10h30.

 “Eu queria compartilhar com vocês que este é, sem dúvida, nosso último culto aqui na sede como missionários da JMM, onde estivemos de 1977 até o momento. São, portanto, 42 anos”, iniciou a mensagem o pastor Calixto.

 Em sua mensagem aos colaboradores, o pastor passou mais do que relatos sobre a trajetória do casal em campos missionários. Mas a lição de que é preciso sempre ouvir a voz de Deus.

 O casal passou pelos seguintes campos:

  • Venezuela – 1977 a 1994
  • São Francisco, na Califórnia – 1994 a 1996
  • São José, na Costa Rica – 1996 a 2002
  • Pompano Beach, na Flórida – 2002 a 2003
  • Elizabeth, Nova Jersey – 2003 a 2009
  • Vila Real, Portugal – 2010 a 2014
  • Cuidado Integral do Missionário – 2014 a 2019

“Quantas vezes Deus teve que ministrar ao meu coração e ao da Suely. A gente faz planos, mas o Senhor vem e diz: ‘Não é para Betina. Vocês vão é para a Macedônia”, comenta o pastor.

Calixto e Suely se apresentaram como missionários à JMM para o Pr. Alcides Telles de Almeida, em 1976.

“Eu era professor de Homilética, Suely era minha aluna, e o campo que nós escolhemos era Macau, na China. E em março de 1977, o pastor Alcides, na primeira capela do Seminário Batista do Sul, diante dos irmãos, disse: ‘Tenho o prazer de anunciar para a comunidade do seminário que o pastor Calixto e a irmã Suely serão os nossos primeiros missionários na Venezuela.’. Fiquei mais perdido que cachorro em dia de mudança”, relembrou Calixto.

José Calixto, ainda intrigado com o anúncio do inesperado campo missionário, conta que recebeu os cumprimentos dos irmãos, e depois foi até o pastor Alcides saber o que havia acontecido; ele já havia anunciado que iria para Macau e não queria passar como mentiroso diante dos irmãos. Mas o então executivo da JMM disse bem tranquilamente:

“Pastor, não se preocupe. Deus falou comigo.”

Calixto insistiu. “Pastor, mas se falou com o irmão, tem que falar comigo também.”

Então o casal foi parar no gabinete do executivo, onde conheceram todas as necessidades dos campos que naquele ano solicitavam missionários.

“Ouvimos tudo aquilo, viemos de táxi num silêncio total, nenhuma palavra. Na porta de casa, perguntei à Suely o que ela havia sentido. Ela disse, 'você primeiro'. E eu confirmei que havia sentido que era para a Venezuela o nosso chamado. Então ela confirmou que havia sentido o mesmo”, comentou.

“Anos mais tarde, em 1989, eu estava em um congresso em Manila, nas Filipinas, com cerca de 4.500 pastores e missionários de todo o mundo. No momento de orar pelo irmão que estava ao meu lado, descobri que o rapaz era de Itajaí, em Santa Catarina, minha cidade natal, filho de um irmão presbiteriano que eu conhecia desde menino.Perguntei qual era o campo dele e para minha surpresa, era Macau, na China”, disse Calixto.

José Calixto contou ao rapaz que seu desejo era ter ido para Macau, mas que Deus havia mudado seus planos. O jovem missionário falou que Calixto deveria agradecer a Deus, pois em Macau já havia muitos missionários.

“Então, eu agradeci tanto a Deus por não ter nos levado para Macau, mas sim para a Venezuela”, disse Calixto.

Logo na chegada à Venezuela, mais uma vez o casal foi advertido por Deus. Eles gastavam energia preocupados em alugar um apartamento na cidade onde estavam, mas Deus lhes mostrou que primeiramente deveriam fundar uma igreja na região.

Foram vários os momentos nesses 42 anos como missionários de Missões Mundiais que José Calixto e Suely Patrício ouviram a voz de Deus e sentiram o Seu precioso cuidado. E você poderá conhecer em detalhes este precioso ministério durante o culto do dia 27 de outubro na PIB de Irajá, que também terá transmissão pelo YouTube, ou no podcast de Missões Mundiais. Clique aqui ou na imagem abaixo.

por Marcia Pinheiro