O amor por missões tem aproximado casais, unindo vidas que, juntas, são mais fortes no cumprimento do chamado às nações. Tem sido assim com Diego e Adeisa, Caleb e Rebeca e Fábio e Nathália. Três casais cujas histórias inspiradoras você conhece a seguir. 

Diego e Adeisa Santana – Missionários Mobilizadores no Sul do Brasil

Já próximo à data de embarcar para a África, pelo programa Radical, tive a oportunidade de tirar algumas dúvidas de uma jovem vocacionada chamada Adeisa sobre o Radical África. Ela começaria seu último ano de faculdade de Educação Física na Universidade Federal de São João Del Rei, em Minas Gerais.

 Após dois anos e com uma igreja implantada no campo, precisei deixar minha equipe e retornar ao Senegal para um tratamento de saúde que durou dois meses.

Fui avisado pela coordenação que chegaria ao Senegal no mesmo dia da nova turma do Radical, composta por 16 jovens missionários que passariam pelo aprendizado do francês, adaptação da nova cultura, e que a líder da equipe era a Adeisa, a mesma que eu havia conhecido dois anos antes.
Durante dois meses de convívio no Senegal, um começou a gostar do outro. 

Retornei ao país onde estava e, após 5 meses,recebemos a equipe que daria continuidade ao nosso trabalho. E a Adeisa fazia parte dessa equipe com mais quatro missionários. Um mês depois, eu e minha equipe voltamos ao Brasil. 

Depois de seis meses no Brasil, eu ligo para Adeisa que estava na África, avisando-a que iria esperá-la. Naquela época faltava um ano e meio para ela voltar.

Passado esse tempo, a data de retorno foi agendada. Era final de ano, período de provas escolares. Eu havia dito que não estaria no aeroporto, pois teria prova de Contabilidade, já que na época eu cursava Administração, mas que nos veríamos quatro dias depois, no culto de gratidão pelo trabalho que eles desenvolveram no campo realizado pela JMM.

Porém quando ela chegou, eu estava lá no aeroporto aguardando. Foi um dia bem emocionante!

No dia seguinte fui conversar com meu professor para fazer a segunda chamada, mas depois da história que ele ouviu, me aplicou a prova sem necessidade de solicitar a segunda chamada. 

Depois de dois anos e meio de namoro, nos casamos! Foi no dia 1º de maio de 2014 no Rio de Janeiro, mesmo dia do "Congresso SIM, Somos Todos Vocacionados". Não foi planejado ser no mesmo dia, mas isso nos deu a chance de receber dezenas de amigos missionários que passaram pelo Radical, coordenadores e colegas que tinham ou tiveram alguma função na JMM. 

Como casados, também tivemos a oportunidade de liderar por dois anos caravanas missionárias da JMM para o Chile. E hoje, após seis anos do grande SIM, temos uma filha chamada Yasmin, que em agosto completará 3 anos de idade, e estamos servindo na Mobilização Missionária no Sul do Brasil. 

Creio que o versículo que diz "não é bom que o homem fique só". Mostra um pouco dos propósitos de Deus para a humanidade e também sobre Ele mesmo. 

No ato da criação, Deus está em união quando diz, "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança". A origem da humanidade é gerada em comunhão. 

Na sequência vemos Deus constituindo a família, pois é de Sua vontade que a humanidade viva em comunhão com seu semelhante.

Dentro da família há o ambiente mais propício para sermos forjados, aperfeiçoados e corrigidos. Nela somos de fato conhecidos pelo que somos. E fazendo um paralelo com a igreja, como é bom notar que a mesma, em muitos aspectos, se assemelha à família, pois de fato é a família de Deus, onde nos tornamos irmãos em Cristo Jesus através do seu sacrifício na Cruz e também aponta para uma grande comunhão, quando todos juntos cearemos com Ele na eternidade.

 Adeisa representa para mim aquilo que sou. Alguém vive para servir a Deus independente do lugar e momento! É muito bom ter alguém com experiências parecidas, passamos pelo mesmo projeto e trabalhamos com a mesma etnia e lugar.

Em alguns momentos específicos para que ninguém nos entenda, trocamos algumas palavras no dialeto do país onde moramos, já que o francês tem a mesma raiz que o português, além de ser mais comum alguém saber.

 

Caleb e Rebeca Mubarak – Missionários para o Mundo Árabe

Nos conhecemos em nossa própria igreja, e em nossa primeira conversa surgiu o tema missões. Disse à Rebeca que se fôssemos iniciar um namoro, gostaria que ela soubesse que tinha o chamado missionário e isso influenciaria muito. Para minha surpresa, ela disse já estar orando há um tempo para conhecer alguém com a mesma perspectiva vocacional. Naquele primeiro encontro, já entendemos que o Eterno nos preparava para irmos aos não alcançados.


Entendemos que o verso "não é bom que o homem fique só” é uma ordem natural aplicada ao ser humano. No campo espiritual, entendemos que seja preciso buscar ideais e perspectivas coerentes com o plano maior do Eterno para o casal.  Entendemos também que algumas pessoas serão separadas pelo próprio Eterno a não viverem uma realidade assim. 

Eu, Rebeca, considero Caleb alguém extremamente entregue à obra missionária, e isso leva a quem está perto a enxergar a vida, a vocação e a prática missional de outra maneira. Louvo a Deus por ter separado alguém tão especial para mim.

Eu, Caleb, vejo em Rebeca uma apaixonada pelo Senhor e tudo o que faz, o realiza com muito zelo, temor e amor ao Mestre. Sua sabedoria e discernimento deixam as coisas muito mais simples, o que nos leva a ser um ótimo time. Quão agraciado sou por ter ganho tamanho presente!

Fábio e Nathália Pisa – Missionários na Itália 

Nós nos conhecemos na igreja onde eu pastoreava, em Mântova. Os pais de Nathália frequentavam a igreja e ela, que morava no Brasil, veio visitá-los.

Entendemos que todo homem, ao menos que tenha uma propensão natural ou um chamado específico, precisa de uma companheira. A mesma coisa a mulher. Acreditamos que existem bênçãos de Deus que são derramadas no matrimônio.

Acreditamos que os dois se completam. Desde que nos casamos, aprendemos a ver o mundo e a enfrentar as situações, resolver problemas e tomar decisões sob uma nova perspectiva. Nathália me ajuda a enxergar com a lente “feminina” e eu a ajudo enxergar  com a lente “masculina”. Juntos somos mais fortes.

É muito bom sonhar juntos, planejar juntos e sobretudo pensar no futuro juntos.

Sinceramente não consigo mais conceber a minha vida e o meu ministério sem a Nathália. Ela é fundamental para o meu dia a dia, minha ajudadora nos momentos belos, mas sobretudo naqueles menos belos. No ministério, é o meu refúgio em tempos de solidão, minha fonte de coragem em tempos de desânimo, mas sobretudo a minha amiga nos momentos felizes em que festejamos uma conquista. Assim como eu a vejo, ela também me vê.

 

Que as histórias destes casais possam inspirar novos casais vocacionados à obra do Senhor e a todas as famílias da igreja de Cristo no Brasil e por todo o mundo.

 

por Marcia Pinheiro