Um grupo de 15 voluntários chegou ao Oriente Médio no último sábado (07) em uma caravana do programa Voluntários Sem Fronteiras, que leva ações de ajuda humanitária, recreação e esportes, atendimento médico, visita a refugiados e estudo bíblico, entre outras, que anunciam o amor de Cristo a pessoas atendidas por projetos de Missões Mundiais. 

A caravana ficará na região até o dia 18 de setembro. Os voluntários levaram materiais que ajudarão no trabalho de cuidados de beleza para mulheres, esportes, artesanato, entre outras. 

Veja o que motivou nossos voluntários a dedicarem seu tempo e dons ao campo missionário:

 

Ubajara
11 de setembro era uma data qualquer sem relevância nenhuma na minha vida corrente e comum até que em 2001 se tornou uma referência de tragédia e morte, uma marca negativa na história mundial. 

E quando recebi o convite da nossa coordenadora Luciana Nascimento para participar desta viagem como missionária voluntária, logo me lembrei do ocorrido no dia 11 de setembro de 2001, quando tranquila, estava eu tomando meu café da manhã e vi na TV aquelas cenas do atentado às Torres Gêmeas, achando que era um anúncio de um novo filme de catástrofe. 

Dezoito anos depois eu, Ubajara, resgatada pelo Senhor Jesus desde outubro de 2013, nova convertida desde o primeiro dia que coloquei os meus pés na Primeira Igreja Batista em Vila da Penha, no Rio de Janeiro/RJ, levada pela minha neta de 5 anos, que teve a curiosidade de saber como era essa igreja por dentro, e eu como avó não consegui dizer não para seu pedido, não tinha ideia de que um dia eu estaria fazendo parte deste agir do Espírito Santo aqui no Oriente Médio. 

Como definir esses dias que "bem começaram"? 

Minha alma apesar das lágrimas que correm no meu rosto agora diante do testemunho de hoje, enche-se de alegria por estar fazendo parte desse mover do Santo Espírito! 

Tenho bem pouco a oferecer no campo missionário, pois os melhores anos da minha mocidade ficaram para trás e, pelas regras da JMM, já não tenho idade para ingressar no campo missionário. Mas aprouve ao Senhor em sua infinita misericórdia me conduzir até aqui, e me unir a alguns improváveis como eu.

Então como finalmente medir tudo isso? Uma palavra: amor! Não o amor passageiro de homens, mas o amor de Deus, manifesto em cada missionário, voluntário ou não; amor mais forte e poderoso que a morte, o amor que ultrapassa os mares, montanhas e horizontes, que rompe as barreiras, da distância, do idioma e até mesmo de alguns temores. 

03 de Setembro de 2019, está data foi quando iniciei minha viagem ao Oriente Médio e, por ser filha do nosso Deus consolador, 11 de setembro agora para mim é sinônimo de esperança e vida, pois estarei servindo ao Senhor aqui em terras estrangeiras. 

Ah irmãos, que suave alegria poder fazer parte disso tudo! Sei que muito terei para falar até meu retorno ao Brasil, mas por hora é isso que meu coração pode e se atreve a compartilhar". 

Renato
“Arrisco dizer que desde muito novo, antes mesmo de saber identificar o que era isso, sentia um chamado transcultural: a fascinação por outros povos, culturas e realidades sempre me convocaram, instigaram e me fizeram saber que há algo aí pra mim. 

Isso se confirmou quando, há alguns anos, uma viagem de imersão pelo Sul da Ásia transformou-se em um ano e meio de trabalho entre um povo não alcançado. Tempo intenso e incrível, terrível e belo, inteiramente inesquecível. 

A volta ao Brasil consolidou a certeza de que o meu lugar é além das nossas fronteiras. 

O drama dos refugiados carrega muitas semelhanças com a dura realidade do povo daquela região. A identificação foi imediata. Na verdade, sempre existiu: meu espírito estava sempre inquieto diante das notícias vindas desses lados; o olhar, as marcas no rosto e a vontade estampada no semblante de cada um, de reencontrar-se consigo mesmo, são um apelo constante, que não pode ser ignorado. Um desejo ardente, que até então não encontrara direção. 

Mas então veio a Manhã Missionária, e através do missionário Caleb, a apresentação de um pouco de tanto do que acontece aqui. Houve um papo, houve um “convite-desafio”, houve muita oração e, desde o início, muita vontade e certeza. 

Deus apontou o caminho colocando nele pessoas com o mesmo ardor no coração. Não podendo, elas, virem, confiaram a mim a missão de não só cumprir à vontade do Pai, mas de também representá-las: de honrar o investimento financeiro que confiaram a mim. 

A realização do sonho de realizar sonhos, de demonstrar respeito e amor, de fazer saber para essas pessoas que há mais para elas do que imaginam, tornou-se realidade. 

Estar aqui é uma realidade. É um privilégio e uma imensa responsabilidade. E a oração é que seja só o início de tudo”. 

Rodrigo
“Minha maior motivação foi o amor pelos refugiados que Deus colocou em meu coração. Em segundo lugar, foi a certeza de que a minha profissão é útil pra essa necessidade (a causa dos refugiados). Então, aqui estou eu. A soma desses dois fatores é a minha válvula propulsora e estar aqui faz todo o sentido”. 

Ivonete
“Minha participação nesta caravana ao Oriente Médio foi decidida quando recebemos a visita da missionária que esteve na minha igreja, no ano passado.

Ela apresentou este trabalho e me tocou muito; Deus falou comigo. A partir daí começaram muitas dificuldades, mas Deus esteve à frente, abrindo as portas e confortando na hora da angústia. Hoje estamos aqui, envolvidos com este trabalho e muito felizes por estar participando da obra de Deus”. 

Ana Paula
“Há alguns anos, desde que os jornais noticiaram os conflitos na Síria e o quanto aquelas pessoas estavam sendo massacradas pela violência, eu não pude permanecer indiferente. Eu orava clamando a Deus por misericórdia e paz sobre aquelas pessoas. Mas meu coração ardia de compaixão; e o amor por aquele povo só crescia dentro de mim, ao ponto de ter a sensação de que só orar constantemente não seria suficiente. 

Ver o sofrimento do sírio angustiava e entristecia muito o meu coração. Eu comecei a perguntar a Deus: ‘O que eu  (sem recursos financeiros, nem influências) poderia fazer além de orar?’ Me sentia impotente e inútil diante do sofrimento imensurável daquele povo. 

Foi então que a resposta de Deus veio através do Voluntários sem Fronteiras. Sou imensamente grata ao Senhor por me dar esta oportunidade de demonstrar de perto esse amor que arde no meu coração pelo povo sírio e poder levar a esperança em Jesus Cristo, mesmo que não seja por palavras, mas através do testemunho”. 

Elizânia
“Desde solteira, no meu coração, já havia um chamado para o Japão. Em 2017, no acampamento de promotores voluntários de Missões Mundiais, em Sumaré/SP, após ouvir os pastores Calebe e Curumim comecei a orar pelo Oriente Médio e pelo Sul da Ásia. 

Em fevereiro deste ano, também no acampamento, resolvi obedecer o chamado de Deus e hoje estou aqui, juntamente com meu marido.

Deus faz a obra por completo! E essa é só a primeira de muitas outras viagens ao campo que virão, bem como o início do nosso preparo para o campo missionário transcultural”.

 Pedro
“Meu chamado pra essa viagem aconteceu após o período da minha conversão. Onde Deus foi confirmando no meu coração o lugar pra onde eu deveria ir. Meu discipulador, juntamente com a Adriana e a Juliana da minha congregação, foram me mostrando o caminho a seguir pra realizar essa viagem. Muitas dificuldades surgiram. Mas Deus provou a confirmação da viagem através de cada providência. Como eu não tive muito apoio, tive que vir com meus próprios recursos. Recebi ajuda financeira pra comprar os dólares. 

Chegando próximo da viagem foi difícil, pois todos os medos que eu tinha acumulados durante minha vida estão sendo enfrentados nessa viagem. E tudo o que eu aprendi no meu discipulado estou colocando em prática”. 

Pr. Wesley Crispim 

“Entendo que todo ministério pastoral é também um chamado missionário. Participar de uma viagem como esta, é renovar as forças ministeriais diante de um Evangelho frágil que estamos vivendo no Brasil”. 

Ruth
“Uma das coisas que me motivou foi o testemunho emocionante da irmã Milene em minha igreja. Após esse nosso primeiro dia de trabalho e os testemunhos, consegui entender o porquê ela achava tão importante essa necessidade de pessoas que pudesse colaborar e ajudar com o pouco que fosse (orações, oferta ou até mesmo estar aqui). Sei que essa experiência será inesquecível”. 

Jonathan (participou também da caravana de 2018)
“O drama do refugiado sempre mexeu conosco (eu e minha esposa). Somos Promotores Voluntários de Missões em nossa igreja. No Acampamento de Promotores de 2018 sentimos o tocar de Deus em nossas vidas no momento do testemunho missionário sobre o drama de refugiados. Foi então que perguntamos o que poderíamos fazer por este povo. Automaticamente a reposta veio: VAI! 

Foi então que recebemos o informativo da viagem para o Oriente Médio. Naquele ano apenas eu fui. Mas este ano, Deus nos chamou para estarmos juntos nesta causa! E aqui estamos! 

Servir a este povo tem sido algo extraordinário! Povo que necessita de amor e cuidado e é isso que eles têm recebido dos nossos obreiros e de nós Voluntários! É um privilégio fazer parte daquilo que Deus está fazendo no Mundo”. 

Luiz
“A motivação para esta caravana foi o desejo de fazer uma viagem transcultural e, como sinto um amor especial por este povo, entendo que o Senhor me direcionou para esta viagem. Ao observar o calendário do Voluntários Sem Fronteiras, vi o Oriente Médio como um dos destinos e entendi que era aqui que Deus me queria”. 

Adélia
“Desde que soube sobre a situação dos refugiados sírios me senti mobilizada a vir apoiar o trabalho. Tentei vir em viagem com a JMM há 2 anos, mas não foi possível. Desta vez, ao receber o contato do Voluntários Sem Fronteiras, pela terceira vez, senti que Deus tinha um plano para a minha vinda. A partir daquele momento, senti paz e todos os obstáculos foram sendo superados”. 

Alexandro
“O que me motivou a  vir para cá foi o testemunho do Caleb  lá em Sumaré/SP, em fevereiro de 2019. Tanto que nos decidimos a aceitar e fomos conversar com ele no mesmo dia.  Na época, contamos que não tínhamos um centavo, mas que se fosse a vontade de Deus, tudo daria certo.  E deu. Deus superou todas as necessidades e muito mais”.

Seja você também um Voluntário Sem Fronteiras. Confira aqui o calendário das próximas viagens

 

 

por Marcia Pinheiro